Condição periodontal durante a gestação em um grupo de mulheres brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.14295/bds.2006.v9i4.458Abstract
Durante a gestação, inúmeros fatores contribuem para o desenvolvimento da doença periodontal. Minimizar o risco de intercorrências na gravidez e a transmissibilidade de microorganismos bucais patogênicos constitui-se em importante conduta preventiva para o binômio mãe/fi lho. Foi objetivo deste estudo avaliar a prevalência, severidade e necessidades de tratamento da doença periodontal em pacientes atendidas na Clínica de Gestante da FOA-UNESP, durante o período de 1999-2003. Os dados foram obtidos a partir de fi chas elaboradas para registro da condição periodontal, utilizando-se medidas do Índice Periodontal Comunitário e Perda de Inserção, preconizados pela OMS. Das 315 gestantes atendidas, 86,97% apresentaram sinais da doença, correspondendo a um número médio de 3,96 sextantes; 40,75% apresentaram bolsa periodontal com 4 mm ou mais de profundidade, média de 0,98 sextante. A porcentagem de pacientes com perda de inserção maior que 4 mm foi de 26,34%. O número médio de sextantes com nível de inserção adequado foi 5,07. Em relação às necessidades de tratamento, 86,97% necessitaram de instruções em higiene bucal, 66,80% de raspagem radicular e/ou eliminação de margens de restaurações defeituosas e somente 10,92% requereram tratamento cirúrgico complexo. Estes achados confi rmaram a gengivite como principal manifestação clínica da doença periodontal nas pacientes examinadas. O atendimento de gestantes através de programas preventivos visa a promoção da saúde bucal e motivação das pacientes, alcançando a prevenção primária das principais doenças bucais.