Influência de aplicações do laser érbio:yag sobre a viabilidade microbiana
DOI:
https://doi.org/10.14295/bds.2004.v7i1.474Abstract
O objetivo do trabalho foi avaliar, in vitro, a atividade antibacteriana do laser érbio:YAG sobre biofilme formado por cepas Escherichia coli ATCC 8739, Escherichia coli ATCC 25922 e Staphylococcus aureus ATCC 6538 e cepas de Fusobacterium nucleatum isoladas de pacientes com doença periodontal, bem como sobre cepas de Fusobacterium nucleatum em suspensão, inoculadas sobre corpos-de-prova de dentina. Após o cultivo das bactérias em caldo infuso de cérebro e coração, alíquotas de 2.107 cels/ml de cada tubo foram transferidas para cavidades de microplacas, completando seu volume com caldo de tripticaseína de soja acrescido de 1% de glicose e 1‘% de sacarose, o qual foi trocado diariamente. O biofilme foi submetido à ação do laser a 120 mJ, 10 Hz, por 5, 10, 15, 20, 30 e 60s, mantendo distância de 2,5cm da microplaca. Fez-se também a inoculação de 105 cels/ ml de F. nucleatum sobre corpos-de-prova (4mmX 5mm), sendo submetidas à irradiação do laser, nos mesmos parâmetros físicos, por 15s. A avaliação da contaminação residual foi realizada em ágar sangue. Observou-se redução de 93,58% dos microrganismos após 20s de irradiação e a eliminação total após 60 s. Quanto à ação do laser sobre F. nucleatum em suspensão, verificou-se eliminação total do conteúdo séptico. Conclui-se que atividade antibacteriana do laser de érbio:YAG sobre os microrganismos em forma de biofilme pode ser eficaz, em função do tempo de irradiação e dos parâmetros físicos utilizados e que microrganismos em estado planctônico são mais sensíveis ao laser do que em forma de biofilme.